domingo, 20 de novembro de 2011

.A “distância” entre linhas

Ficha técnica do livro “Querido John- O que você faria com uma carta que mudasse tudo?”:


Editora: Novo Conceito




Após a leitura de mais uma das brilhantíssimas obras de Nicholas Sparks, também vertida para as telas cinematográficas sob a direção de Lasse Hallstrom, pude perceber que cada vez mais Sparks atinge meu ponto fraco, e me consome. Suas histórias intensamente intrigantes tem o poder de interagir com o leitor, e fazem com que cada vez mais as pessoas queiram absorver e desfrutar as maravilhosas palavras de cada incrível romance escrito por Nicholas.

O primeiro contato que tive com a obra foi através de um delicioso natal, no qual tive o privilégio de ganhar de um de meus tios o livro que tanto me comoveu. Ao começar a leitura do livro em minhas férias, pude perceber que a história narrada por John (personagem narrador da obra) e escrita por Nicholas Sparks, dizia muito mais a respeito do real sentido do amor, do que por simples palavras que por si sós completavam o sentido de uma história.

Ao ler “Querido John” pude perceber que amar significa não olhar para si mesmo, mas sim olhar para o que se ama. E que quando amamos uma pessoa, temos que optar pelo bem dela, e se necessário, por mais difícil e cruel que seja para nós, deixar com que elas partam, não porque as amamos menos, mas porque queremos o melhor a elas. Ou até mesmo deixar com que o destino escolha o que é melhor para cada um.

A história narra a vida de um homem (John Tyree), um jovem que ingressa nas Forças Armadas depois de uma dura e tensa convivência com seu pai. Após intensos meses de trabalho duro no exercito sua licença para poder visitar seu pai em Wilmingston havia sido autorizada. Já na cidade praiana, John resolve fazer mais um de seus passeios nas praias que surfava quando criança. Após um incidente com a bolsa de uma linda garota que passeava pela praia, John conhece Savannah Lynn. E assim como disse Fernando Pessoa “Não conheço nenhuma outra razão para amar senão amar”, e assim foi, profundo, sincero e puro, algo que surgiu através da visão de John aos lábios de seda, por sua macia e veludosa pele, por sua envolvente e aconchegante voz, perfeitamente descrita por Sparks, ou até mesmo pelo simples olhar da jovem para o pobre soldado. Aconteceu sem um determinado motivo concreto, simplesmente aconteceu, e a partir desse dia que John começou a amar Savannah de forma indescritível e verdadeira.

Após poucos dias, John e Savannah começaram a viver um intenso e bonito romance que tinha tudo para ser apenas mais uma típica historia de verão mas não, entretanto, esta paixão durou como ferro sob batidas de uma onda, porem havia um grande problema que impedia ambos de continuar este lindo e envolvente amor: a distância. Como a licença de John havia acabado, ele teria que voltar a sua dura, simples e triste realidade, teria que continuar seu trabalho nas Forças Armadas.

No desdobramento do enredo, diversos acontecimentos ocorreram, e a única forma possível deste tão belo e grande amor ter um rumo feliz era necessário que houvesse comunicação entre ambos através de saudosas e melancólicas cartas durante o tempo que não podiam se ver.

Em minha opinião, acredito que esta história além de ser abordada com determinados fatos verídicos, (a realidade de muitos casais, famílias e amigos, que são “separados” pela distância em razão de trabalho e etc), a obra expõem também de diversas maneiras a concepção do verdadeiro sentido do amor e de quanto o tempo e a distância podem ser especialmente fatais fatos para que haja o fim de uma grande relação. E que por mais clichê que possa parecer temos que viver o dia de hoje, com quem amamos, pois talvez nossa felicidade seja perdida no dia de amanha, na tão grande imensidão, a qual chamamos de destino.

Luiza Lorenzi Adas

Fonte do texto de apoio

Fonte das Imagens

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